Analistas do mercado não têm dúvidas em apontar o ramo garantia como uma das carteiras que mais crescerão em 2011. Motivos não faltam para tanto otimismo. Para começar, há a estreita relação entre as diferentes modalidades de seguro garantia e os grandes eventos que serão realizados no Brasil nos próximos anos (Jogos Militares, em 2011; Copa do Mundo, em 2014; e Olimpíadas, em 2016). Isso sem falar no projeto do Trem Bala, nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o próprio incremento da economia brasileira.
Além disso, esse segmento vem de um resultado bastante tímido em 2010, quando a receita apurada, da ordem de R$ 917,7 milhões, foi apenas 5,5% maior que a registrada em 2009.
Esse quadro deve mudar em 2011, quando as grandes obras deverão ter início e necessitarão da cobertura do seguro. Assim, há um excelente mercado disponível para praticamente todos os onze tipos diferentes de seguro garantia comercializados no mercado brasileiro (garantias Financeira, Obrigações Privadas, Obrigações Públicas, Concessões Públicas, Judicial, Segurado – Setor Público, Segurado – Setor Privado, Stop Loss, Fiança Locatícia, Crédito Interno e Crédito à Exportação).
Outro fator que faz do seguro garantia um nicho bastante atraente para as seguradoras é a taxa média de sinistralidade no ramo, que raramente fica acima dos 10%.
Para o corretor e os consumidores existem muitos outros atrativos. A começar pela segurança de ter a continuidade de um negócio, a conclusão de uma obra ou o respaldo do seguro em uma eventual pendência na Justiça. Dessa forma, o seguro garantia, na prática, pode estar presente em várias etapas do cotidiano e pessoas e empresas, a exemplo do que ocorre no mercado internacional.
Percebe-se o aumento da concorrência no segmento.
Não por acaso, é cada vez maior o número de seguradoras que exploram esse segmento, exemplo que deve ser seguido por corretores, que ainda têm receio de operar no ramo garantia.
Vale destacar ainda o fato de boa parte do risco ser repassado para resseguradoras estrangeiras, o que reduz a exposição das seguradoras brasileiras.
Segundo explicam os analistas, as seguradoras contam, inclusive, com uma apólice automática coma as resseguradoras locais, com uma determinada capacidade. Quando é preciso uma capacidade extra – o chamado resseguro facultativo, geralmente adequado para grandes projetos – as seguradoras recorrem também às empresas admitidas ou eventuais.[2]
Mesmo o resultado apurado no ano passado não preocupa os especialistas, que apontam as eleições como o principal fator inibidor das grandes obras e, consequentemente, do seguro garantia, no Brasil. Terminado o período eleitoral e diante da proximidade dos grandes eventos esportivos e das obras de infraestrutura, o seguro garantia passa a ser “pule de dez” na visão dos analistas.
Fonte: Metlife sempre junto com você.