O mercado de previdência privada aberta brasileiro alcançou R$ 200 bilhões em ativos e virou modelo para países da América Latina. No Brasil, a previdência privada já atraiu 11,5 milhões de pessoas. A perspectiva para os próximos cinco anos é positiva, devido à entrada das classes de menor renda no cenário.
No caso dos países vizinhos, a Argentina, por exemplo, planeja criar um sistema semelhante ao nacional, através da venda de planos do tipo PGBL e VGBL. Com este objetivo, os técnicos do país vizinho procuraram a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Esta semana, representantes da entidade foram à capital argentina, Buenos Aires, apresentar o modelo brasileiro.
Histórico
Em 1994, o governo de Carlos Menem criou um sistema de previdência público e um privado, baseado em fundos de pensão. Em outubro de 2008, em meio à crise financeira mundial, a presidente Cristina Kirchner resolveu estatizá-lo, deixando apenas o sistema público.
Antes da estatização, o sistema privado argentino era formado por dez fundos de pensão, tinha cerca de 9,5 milhões de afiliados e US$ 30 bilhões em ativos. Mas, com a queda das bolsas mundiais, houve perdas de mais de 40% nesses fundos.
A ideia agora é voltar a ter a previdência privada, mas de acordo com o exemplo brasileiro, com produtos complementares à previdência oficial. Por este motivo, a Avira (associação de previdência e seguro de vida da Argentina) desenvolveu, em parceria com a Universidade de Buenos Aires, um projeto de lei para a criação de dois produtos de previdência, semelhantes ao PGBL e ao VGBL.