Noticia de um site de Portugal
Os seguros estão cada vez mais baratos. Nos últimos anos, graças à elevada concorrência no sector, a tendência de descida do valor dos prémios tem sido generalizada, mas mais visível no ramo automóvel. Quem o diz é a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que calcula em cerca de 30% a quebra média nos últimos seis ou sete anos.
A tendência só não é acompanhada pelo segmento dos seguros de saúde, onde a estrutura de custos é determinante para a formação de preço. Este segmento «reflecte, regra geral, em dobro, a taxa de inflação».
Os resultados do European Consumer Satisfaction Índex (ECSI) para Portugal relativo ao sector segurador mostram um público cada vez mais satisfeito com o serviço prestado: a avaliação melhorou em todos os critérios analisados, com especial destaque para o tratamento de reclamações, e os aspectos mais valorizados são a imagem e a qualidade.
A maioria dos consumidores de seguros é pouco leal a uma marca, porque é sensível ao preço (mais de 84%), mas a grande maioria (mais de 80%) dizem que o preço só os faria mudar de empresa se a diferença face ao prémio actual fosse superior a 20%.
O presidente da associação que representa o sector considera que os dados agora divulgados «contrariam o preconceito que existia, de que o sector não tinha qualidade. Considero que houve uma revolução silenciosa no sector, nos últimos anos, feita de forma exemplar. Não é por acaso que temos uma dimensão tão positiva em Portugal: temos um volume de negócios anual superior a 15 mil milhões de euros, é maior do que todo o sector da distribuição, que anda nos 14 mil milhões».
O estudo à satisfação dos consumidores de seguros foi levado a cabo pela Universidade Nova de Lisboa, em parceria com o Instituto Português da Qualidade e a Associação Portuguesa da Qualidade (IPQ e APQ). Foram realizadas 4.041 entrevistas a clientes de 12 seguradoras. A empresa com melhor avaliação foi, pelo segundo ano consecutivo, a Generali, sendo que nem os autores do estudo nem a APS quiseram revelar os nomes das seguradoras com piores níveis de satisfação. «Mesmo a última tem um nível de satisfação elevado. A diferença entre as classificações das várias empresas é muito pequena», assegurou apenas Pedro Seixas Vale.
Fonte: agenciafinanceira.iol.pt